sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação Ambiental

Sabe-se que a educação ambiental surgiu na tentativa de minimizar e tentar reverter o quadro de degradação ambiental que se instalou no mundo no último século. Portanto, a educação ambiental possui um enfoque emergencial e transformador, já que prega a busca por outra forma de relação do ser humano com o meio em que está inserido. Esta nova forma de enxergar a educação, que tem muito dos propósitos e diretrizes da educação popular pregada por Paulo Freire, ainda causa muitos conflitos de compreensão aos educadores ambientais. Muitos ainda a confundem com transmissão de conhecimentos ecológicos, trazendo para a educação ambiental um enfoque disciplinar e restrito.
Os raios de ação da educação ambiental vão desde atividades superficiais (em sua maioria) até chegarem a atividades mais aprofundadas em seus propósitos. Podemos perceber que muitas delas não possuem nenhum tipo de vínculo pedagógico, avaliativo e de assessoria com seu público alvo, sequer de acompanhamento posterior.
Além disso, complementamos que a educação ambiental é uma forma de educação que exige a participação efetiva dos cidadãos nas discussões que envolvem a problemática, tentando estabelecer uma “nova aliança” entre o homem e a natureza e, acima de tudo, estimular e fortalecer a participação social. Não seria uma educação feita em forma de pacotes, que já chegam para a sociedade prontos e pré-formulados por uma elite intelectual. Ela seria construída pela própria sociedade ao serem discutidos os problemas ambientais do micro ao macro ambiente. Não haveria um único modelo a ser seguido como correto. Essa participação traria à tona uma reflexão sobre a chamada ética cidadã, que seria analisada sob diversas vertentes: a econômica, a política, a cultural, a ambiental e a social.
Podemos subdividir em três grandes espaços de ação da educação ambiental. São elas: educação ambiental formal (aquela exercida como atividade escolar dos sistemas oficiais de ensino. Ela possui conteúdos, metodologias e meios de avaliação claramente definidos); educação ambiental não-formal (aquela que ocorre em variados espaços da vida social, com diferentes componentes, metodologias e formas de ação daquela formal. É exercida normalmente por Organizações Não-Governamentais (ONGs), empresas, secretarias de governo, etc.); educação ambiental informal (é aquela exercida em outros espaços sociais, sem compromisso com a continuidade. Não se exige, que defina claramente sua forma de ação, metodologia e avaliação. Ex: meios de comunicação de massa).
A educação ambiental surge com a finalidade de (re)integrar o ser humano no complexo ecossistêmico a que está inserido. Pensar desta maneira, no entanto, requer mudanças, sobretudo nas diferentes formas de pensar e agir individual e coletivamente.
Fonte: http://www.agronline.com.br/

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