quinta-feira, 31 de março de 2011

Positivismo

O Positivismo é uma doutrina altruísta, científica e industrial, que tem por objetivo incrementar o progresso do bem-estar moral, intelectual e material de todas as sociedades humanas, que habitam este planeta Terra, e em todas as incursões interplanetárias, (desde que não se destrua esta atual morada), a serem executadas pelo homem, sempre mantendo o equilíbrio ecológico, fruto direto do amor ao espaço, à Terra e  à humanidade; do contrário, provavelmente, não haverá sobreviventes.
O Positivismo tem por finalidade colaborar para estabelecer uma educação e uma instrução, de cunho altruístico, científico e industrial, a fim de criar uma Única Civilização Positiva.
O nosso ideal é unir todas as culturas até agora separadas do Ocidente e do Oriente, e quiçá Interplanetárias, sem que nada se perca e tudo se some. Os pontos conflitantes se moldarão e se entrosarão no Conjunto Positivo.
Positivismo compreende três partes que se complementam e se entrelaçam:
Esta MORAL POSITIVA regula também as relações dos povos entre si, donde:
Um Dogma Científico - na qual concluímos que o homem deve contar não só com ele próprio, para melhorar a sua sorte; não ser individualista e levar em conta a totalidade dos ensinamentos e exemplos do passado, do futuro e do presente, dos Seres Convergentes, ou seja, com a Humanidade, donde, por sua vez:
Positivismo repudia toda via de ação violenta para a transformação da sociedade; ele entende que devemos agir pelos meios de demonstração, persuasão e calcado na Moral Positiva, sobretudo.
O Positivismo tem por Máxima ou por Fórmula Sagrada:
O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim.
Sua fórmula Moral é:  Viver para outrém.
Sem privilégios, sem preconceitos ou vantagens; sem rei e sem sobrenatural; pelo engrandecimento do amor universal e tendo somente o mérito como fator de promoção, não deixando nunca o excesso de ambição sobrepujar o fator mérito, para não se envergonhar; todos tem que possuir uma autocrítica, auxiliados pelo Sacerdote da Humanidade, para conhecer o seu nível de competência, a fim de não almejar algo, além de suas reais possibilidades, eliminando desta forma a petulância, a pretenciosidade e a inveja.
Nenhuma profissão tem demérito, pois a igualdade de oportunidades deverá ser dada a todos, sem exceção e a competência será a escala da temperatura do mérito.
A vergonha de ocupar uma posição por demérito ou incompetência será o fator de freio sobre as pretensões e, por conseguinte, ocorrerá mudança do rumo da conduta; jamais deixando que não haja entusiasmo, seja lá por qualquer razão, principalmente com vista ao bem estar social de todos.
Respeitamos muito mais os cultos inteligentes, com Moral Positiva, que os meramente ricos.
A competência de saber gerar lucro é necessária, no entanto, não é tudo: o lucro terá destino social.
Nem tudo que aqui for dito pode ser plenamente aplicado hoje em dia, mas já serve como rumo e diretriz para o futuro. Provavelmente será possível no século 30-50 d.C..
No Positivismo o regime temporal é totalmente separado do regime espiritual, isto é, nenhum invade o outro, mas são harmônicos.

Autoria: Lívia R. Almeida

Dialética

A dialética consiste no movimento que as ideias podem fazer por meio da reflexão que o homem produz sobre o mundo e todo o conhecimento acumulado. Em uma noção mais simples, a dialética aprece como a arte do diálogo, onde dos indivíduos empregam o uso de suas faculdades mentais para debaterem as perspectivas que possuem sobre um mesmo tema.

Do ponto de vista filosófico, o reconhecimento da dialética se coloca como elemento indispensável para que possamos apreciar um conceito específico de verdade. Admitindo a existência da dialética, não podemos conceber a ideia de que uma única verdade ou um mesmo conjunto de verdades será responsável pela definição de alguma experiência ou objeto.

Ao notarmos a dialética como instrumento de transformação das verdades, acabamos por ver a natureza histórica que o conhecimento do homem acaba assumindo. Através do diálogo e da troca de informações, as maneiras de se entender o mundo tendem a ganha formas variadas e imprevisíveis. Além disso, passamos a ver a compreensão do mundo como algo mutável e não preso a um ápice ou limite a ser alcançado.

Um dos mais interessantes debates sobre a dialética ocorreu entre os filósofos Hegel e Marx. Na visão do primeiro, a forma de relacionar com o mundo era construída a partir de uma razão que determinava os meios de se enxergar e pensar a realidade. Em contrapartida, Marx assumia uma postura diferente ao dizer que na relação com o mundo também encontramos formas de se alterar nossas formas de pensar.

De fato, a dialética se põe como forma reflexiva que permite ao homem absorver e escutar aquilo que seus interlocutores têm a lhe dizer. Determina o reconhecimento constante das novidades e as contradições que promovem, por conseguinte, a clara manifestação da dialética. Sem o uso da mesma, o homem está fadado a se enclausurar em uma condição alheia ao que o mundo sempre lhe impõe: a transformação.
Rainer Sousa
Graduado em História
Brasil Escola

quarta-feira, 30 de março de 2011

Genebaldo Freire Dias

Genebaldo Freire Dias
Bacharel (BD)) , Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia, UnB, Brasília, DF
Ocupação atual: Professor, Pesquisador e Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde também coordena o Projeto de Educação Ambiental.
Principais Livros Publicados:
- Populações marginais em ecossistemas urbanos (IBAMA, Brasília)
- Educação Ambiental – princípios e práticas (Gaia, SP)
- Atividades interdisciplinares de educação ambiental (Gaia, SP)
- Pegada Ecológica e sustentabilidade humana (Gaia, SP)
- Ecopercepção (Gaia, SP)
- Antropoceno – iniciação à temática ambiental (Gaia, SP)
- 40 contribuições pessoais para a sustentabilidade (Gaia, SP)
- Educação e Gestão ambiental (Gaia, SP)

“Não vai ser por meio da coleta seletiva, da economia de água e da energia elétrica que sensibilizaremos as pessoas. Vivemos em um mundo pós-ambiental. Há uma nova insensibilidade. Evolou-se o sonho romântico do retorno à natureza intocada. Agora, estamos em outra etapa. Se não demonstrarmos por meio de práticas as consequências das nossas ações, e se não incluirmos agendas positivas nisso, não vejo saída diferente do sofrimento (que é também uma opção evolucionária!).
Genebaldo Freire Dias
Fonte: http://www.genebaldo.com.br/

Agenda 21

 
A Agenda 21 Global indica as estratégias para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado. Nesse sentido, identifica atores e parceiros, metodologias para obtenção de consensos e os mecanismos institucionais necessários para sua implementação e monitoramento. 
A Agenda 21 Global está estruturada em quatro seções: 
Dimensões sociais e econômicas - Seção onde são discutidas, entre outras, as políticas internacionais que podem ajudar a viabilizar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento; as estratégias de combate à pobreza e à miséria; a necessidade de introduzir mudanças nos padrões de produção e consumo; as interrelações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica; e as propostas para a melhoria da saúde pública e da qualidade de vida dos assentamentos humanos; 
Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento - Diz respeito ao manejo dos recursos naturais (incluindo solos, água, mares e energia) e de resíduos e substâncias tóxicas de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável; 
Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais - Aborda as ações necessárias para promover a participação, nos processos decisórios, de alguns dos segmentos sociais mais relevantes. São debatidas medidas destinadas a garantir a participação dos jovens, dos povos indígenas, das ONGs, dos trabalhadores e sindicatos, dos representantes da comunidade científica e tecnológica, dos agricultores e dos empresários (comércio e indústria); 
Meios de implementação - Discorre sobre mecanismos financeiros e instrumentos jurídicos nacionais e internacionais existentes e a serem criados, com vistas à implementação de programas e projetos orientados para a sustentabilidade. 

Fonte: http://ecoflash.tripod.com/index.html

Resenha - Uma Verdade Inconveniente


“Uma Verdade Inconveniente” trata-se de um filme do tipo documentário que aborda um dos temas mais discutidos (tratando-se de meio ambiente) nas últimas décadas: o aquecimento global.
O documentário feito por Al Gore (ex-vice-presidente dos Estados Unidos), 58 anos, e dirigido por Davis Guggenheim; EUA, 2006, tenta sensibilizar, impressionar e dar um alerta as pessoas sobre a questão ambiental mostrando a evolução da sociedade e o aquecimento global decorrente das mudanças climáticas.

Al Gore narra fatos que aconteceram em sua vida, como a morte de sua irmã por câncer, o acidente que quase matou seu filho, as aulas de um professor na universidade e sua derrota nas eleições no ano 2000, quando concorreu ao cargo de presidente do EUA. Estas experiências o deixou mais sensibilizado e a partir daí começou a se perguntar como deveria passar seu tempo na Terra.

O documentário mostra o levantamento de questões essenciais sobre a produção de combustíveis fósseis e o seu relacionamento com as catástrofes climáticas; uma delas que Gore menciona é o rápido derretimento de geleiras. A pesquisa feita sobre o aumento da temperatura em mais de 30 anos é mostrada em forma de gráficos ; é um dos momentos mais impactantes de sua palestra, pois as imagens e as análises científicas falam por si só, como se coubesse a ele apenas relatá-los.

Um dado concreto é que grande parte das atividades industriais dependem do desmatamento e da desidratação da Terra.As árvores são cortadas para produzirem objetos de madeira e para serem transformadas em carvão vegetal,e as hidroelétricas são responsáveis por inundações em áreas de emissão de gases de efeito estufa, diminuindo, assim, a camada atmosférica e aumentando o nível térmico mundial. As consequências do desmatamento são: secas, desertificação, furacões e outros tipos de tempestades.

Relata Al Gore que nós somos os principais responsáveis pelas mudanças climáticas, afinal, é o ser humano que está enchendo a atmosfera de poluição. O Furacão Katrina, que em 29 de agosto de 2005 destruiu Nova Orleans, USA é usado como exemplo destas mudanças.
Uma verdade inconveniente mostra que um ato pode fazer muita diferença quando estamos  falando de um tema tão complicado quanto a política e traz argumentos que exemplificam que o aquecimento global já não pode ser tratado apenas como um problema político, mas como o maior desafio que se enfrentará nesse século.

Pode-se notar que há uma preocupação maior para que os americanos prestem atenção no fime, o motivo Al Gore deixa claro: os EUA tem tecnologia que permitiria o país a ter um papel importante na diminuição dos gases de efeito estufa, pois esta nação é responsável por cerca de 25% das emissões. O aquecimento global também é uma questão econômica, pois está relacionado com o desenvolvimento industrial, e talvez por esse motivo W. Bush não aderiu ao tratato de Kyoto. “Acho que hoje minha melhor missão é fazer a opinião pública nos Estados Unidos evoluir sobre a questão (ambiental). Só existe um planeta. Todos, democratas e republicanos, vivemos nele”, afirmou Al Gore.

O ex- vice- presidente mostra as catástrofes que podem acontecer com impressionante visão do futuro de nosso planeta se todos não tomarem consciência do problema que isso pode se tornar nos próximos anos. Gore soluciona as dúvidas do público e faz com que a gente entenda a importância e urgência de brigar por esta causa. Ele faz uma análise química, biológica, geográfica e social, trazendo á tona vários temas importantes da questão ambiental, dentre eles os créditos de carbono e o uso de fonte de energias renováveis.

O filme enumera algumas mudanças que poderão acontecer com a Terra, afetando ,assim , a humanidade: êxodo populacional, secas onde sempre houveram chuvas, milhares de refugiados e, um impacto enorme na economia mundial.

Uma das missões do filme é mostrar que há soluções viáveis para controlar a emissão de gás carbônico.Várias delas dependem dos governos, mas nós também podemos contribuir e, eliminar (daqui a alguns anos) o problema.

A verdade inconveniente que Al Gore quer passar é que o mundo está a mudar (nós somos os culpados), e se não tomarmos uma atitude ele acabará por se tornar um lugar inabitável como outros planetas. Podemos fazer isso realizando palestras em nossa comunidade, dando preferência a produtos ecológicos, elegendo políticos que representam essa necessidade de proteção do planeta etc. Ou seja, está sobre nós a responsabilidade para tornarmos o mundo mais saudável! Como diz Gore, “ precisamos apenas de disposição para agir”. Devemos ser a geração que reinvindicou por mudança, a geração responsável por um mundo sustentável!


Referência Bibliográfica:
Gore, Al. Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth). 2006. Paramount Pictures.

domingo, 27 de março de 2011

Michèle Sato

    Michèle Sato,doutora em ciências, professora e pesquisadora universitária e com forte inserção na área educação-ambiental.
   Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas (1982), mestrado em Filosofia (1992), doutorado em Ciências (1997) e pós-doutorado em Educação (2007). Atualmente é docente da Universidade Federal de Mato Grosso, docente credenciada na pós-graduação em ecologia da Universidade Federal de São Carlos, consultora – United Nations Educational Scientific And Cultural Organisation, – 
      Também é aficionada em fotografia e poesia. 


“Eu sempre a esperarei vê-la lindamente construída, ontem, hoje e amanhã. Qualquer que seja a temporalidade, que ela supere a tirania do calendário imposto por Chronos e roube o mito de Kairos, igualmente senhor do tempo, mas que falava em tempo pelo ritmo dos corações e não de relógios. Que a afetividade, amorosidade e generosidade também possam ser acolhidas nas lutas, onde as ciências podem (e devem) dialogar com as artes.
Que a infância, adolescência, maturação e velhice sejam conjugadas a um só tempo nas máscaras modeladas pelas nossas fantasias, entre a alegoria do carnaval de ruas e o choro do dia seguinte do pierrô abandonado. E que os retalhos sejam considerados no mosaico de cores, jamais desprezados. Que os espelhos reflitam a arqueologia pretérita para que as possibilidades futuras não sejam tão cicatrizadas, com sangue jorrando, injustiças atrozes, perversidades da vida…
Que o cheiro da chuva exale o perfume do sol, porque reconhecemos que o arco-íris é sempre incerto, deslizando em céus azuis sem início ou fim, apenas pairando em sonhos etéreos de palavras, linguagens ou silêncios inefáveis assoprados pela brisa.
Que a Educação Ambiental continue a zelar pela Terra, em sua maior magnitude da beleza inacabada, porque a luta sempre refletirá para que o futuro exista, exalado em aromas de sabores no pulsar das esperanças…”
Michèle Sato
http://www.ufmt.br/gpea/index.htm

quarta-feira, 23 de março de 2011

Lixo urbano,desafios e tecnologias

As grandes causas das problemáticas ambientais que ameaçam a qualidade de vida das pessoas são o crescimento demográfico e o da produção de bens e serviços, ou seja, da Economia. Contudo, desde a primeira metade do Século XX, mais acentuadamente de meados deste século, as atividades econômicas crescem a taxas significativamente maiores do que as da população humana. Esse consumo material não acontece impunemente e suas conseqüências são óbvias.

A quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU), ou simplesmente lixo, encontrado no Planeta é de tal magnitude que um simples exemplo ilustra a lixeira a céu aberto em que se transformou o mundo: uma “sopa” de resíduos, predominantemente plásticos (em torno de 90%), foi recentemente descoberta flutuando no Oceano Pacifico, entre o Japão e os Estados Unidos. Com uma área possivelmente maior que a dos EUA continental, essa ilha de lixo tem aproximadamente 10 metros de espessura e, estima-se, cerca de 100 milhões de toneladas. Como somente a parte flutuante é visível, assusta imaginar a massa de lixo que repousa no fundo dos mares...

O volume de materiais permanentemente manejado pelo homem é fora do alcance da imaginação da maioria das pessoas. Por exemplo, o fluxo de materiais movidos pela economia dos países mais ricos variava, em 1996, entre 20 t/per capita/ano e 87 t/per capita/ano (EUA, o maior consumista de todos). Notem que esses números dizem respeito a cada cidadão desses países, em apenas um ano!

Menos de 10% da massa de materiais fica imobilizada em bens usados pelos humanos, o restante vira resíduos. No final da década de 1990, 200 milhões de toneladas de resíduos saíam dos países ricos para reprocessamento nos continentes mais pobres. Em 2005, apenas de material eletrônico, foram descartados mais de 45 milhões de toneladas no mundo inteiro, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

É obvio que os custos sociais e ambientais das sociedade de consumo estão cada vez mais difíceis de serem ignorados. Já existe, contudo, tecnologias e métodos de tratamento que minimizam expressivamente os efeitos dessa extraordinária massa de resíduos. Vou abordar, agora, a forma como a Alemanha gerencia seus resíduos sólidos urbanos.

Em 1990, 87% do lixo recolhido nas cidades alemãs era destinado a aterros sanitários. Quatorze anos depois (2004), essa fração tinha sido reduzida à metade (44%). A diferença expressa a massa de resíduos que é reciclada (inorgânicos) e a parcela de rejeitos orgânicos que é tratada, inclusive para a geração de energia.

Desde 2005, é proibida a disposição final de resíduos não-tratados no país. Nem mesmo um quilograma de RSU não-tratado é destinado aos aterros. Somente os restos da incineração e uma pequena porcentagem de materiais não aproveitados na reciclagem são encaminhados à disposição final. 

Entre 1990 e 2002, o peso de lixo total gerado na Alemanha subiu em torno de 8%, mas em 2004 voltou ao nível de 1990. Nesse período, contudo, a economia do país cresceu 20,4%. De 1990 a 2005, a geração de lixo domiciliar e de sucata reduziu-se em 52,2% e a de lixo comercial em 72,4%. Nesse último ano, a quantidade de RSU destinada aos aterros sanitários foi um pouco acima de 9% (versus 78% em 1990). O restante dos resíduos de 2005 foi reciclado, inclusive o componente orgânico, tratado pelo sistema de “tratamento mecânico-biológico”, incinerado e co-incinerado.

Entre 1990 e 2006, a liberação total de gases tóxicos decorrente da incineração de lixo reduziu-se entre 83% e 99,9%, conforme o composto, embora a massa de resíduos incinerados tenha crescido 70% no período. Parte do calor produzido na incineração é utilizado para gerar energia elétrica e para aquecer residências. Na década de 1990, 85% do aquecimento de imóveis alemães decorria do uso de petróleo; em 2020 apenas 30% do aquecimento terá o petróleo como fonte energética.

O tratamento mecânico-biológico de resíduos combina o tratamento mecânico, principalmente a triagem mecânica dos resíduos, com o tratamento biológico da matéria orgânica (compostagem ou digestão anaeróbia, visando a estabilização do composto), o aproveitamento dos materiais não-orgânicos para reciclagem e dos subprodutos do tratamento biológico (biogás e adubo orgânico), e, sempre que possível, a valorização energética dos materiais não tratados. 

Como a matéria orgânica é toda tratada, o volume de gases do efeito estufa (GEEs) liberado na atmosfera é, hoje em dia, inexistente. Em 1990, a gestão de RSU produziu, na Alemanha, quase 80 milhões de toneladas de GEEs; em 2005, esse balanço foi negativo, uma vez que o consumo energético do biogás poupou o uso de combustíveis fósseis.

Como se vê, há um enorme espaço para a melhoria do quase incipiente sistema de gestão de lixo no Brasil. Essas tecnologias estão disponíveis e são praticamente gratuitas. Além da sua importância econômica, através do (re) aproveitamento de materiais e da geração de energia, a gestão correta de RSU é igualmente importante do ponto de vista social, pela oferta de empregos, pois é uma atividade altamente demandadora de mão-de-obra, e pelos claros benefícios à saúde pública. Isso sem considerar os insofismáveis ganhos ambientais, paisagísticos e da economia de espaços para a formação de aterros sanitários. 

Está na hora do Brasil dar a devida importância aos graves problemas do lixo nos meios urbano e também rural.
http://www.oeco.com.br/

terça-feira, 22 de março de 2011

22/03 – Dia mundial da água


22/03 – Dia mundial da água

Comemora-se, em 22 de março, o Dia Mundial da Água, que neste ano tem como tema “Água para as cidades: respondendo ao desafio urbano”. A data nos leva à reflexão, mas também tem por objetivo incentivar governos, organizações, comunidades e indivíduos a atuarem na superação das grandes dificuldades que o Brasil e o mundo enfrentam na gestão da água.
Existe uma necessidade de atuação mais efetiva no que se refere aos recursos hídricos, em termos de investimentos, políticas de planejamento, atuação e educação. Mas, cada um de nós pode dar sua contribuição para melhorar a qualidade da água e do ambiente em que vivemos.
Como cidadãos devemos eliminar o descarte inadequado de resíduos como óleo de cozinha, pontas de cigarro, fio dental, preservativos, absorventes, cotonetes, entre outros, que entopem a tubulação e que se não tratados chegam a rios e mananciais. Também devemos evitar o desperdício – fechar as torneiras, eliminar vazamentos, não lavar as calçadas com mangueiras, tomar banhos rápidos, etc. – e ensinar nossos filhos a fazerem o mesmo.

Como empresários devemos desenvolver e utilizar soluções e tecnologias confiáveis, capazes de ajudar na conservação dos recursos hídricos, com eficiência assegurada para evitar a poluição e possibilitar o reaproveitamento. Como governantes, devemos legislar a favor do cuidado com a saúde e da melhoria da qualidade de vida das pessoas, mantendo os sistemas em perfeito funcionamento e aumentando o número de domicílios atendidos a cada ano.
Há muito a ser feito como um todo e estima-se que o país ainda perca mais de R$ 7 bilhões com desperdício de água anualmente. Porém já vemos progressos. Seja por força de legislação ou por conscientização, esforços estão sendo executados no sentido de melhorar as estatísticas nacionais na área de saneamento básico. O aquecimento do setor da construção civil – em habitação e infraestrutura – tem sido a força motriz de desenvolvimento, com tecnologias e sistemas mais eficientes de captação e tratamento de água e posterior reúso da água tratada, o que oferece ganhos às pessoas, ao ambiente e à economia.
Fonte: DCI